Psicólogo, artista afro-brasileiro, pesquisador. Portfólio online.
Vai e vem (crônica em filme experimental)
Linguagem: Videoarte
Ano: 2021
Duração: 2min e 26 seg.
Link: https://youtu.be/PTxDS1ySCEs
A partir da relação paterna com a rede e a brincadeira popular nos interiores no norte do Brasil, onde as crianças se enrolam na mesma fazendo movimentos rotatórios de ir e vir, a crônica em filme é a rememoração do dispositivo ancestral.
Defumação ou ação para a reconstrução (série fotográfica)
Linguagem: Fotografia
Ano: 2021
Link: https://issuu.com/waleff.dias/docs/waleff_dias_defumacao_ou_acao_para_a_reconstru_o
Na série fotográfica de doze fotos se acompanha a queimada do incenso palo santo sobre uma base de dildo preto de borracha destruído, posicionado na região genital. Através da imagem do ogó de Exu, personificado na fumaça, é a defumação do fantasma fraseado da masculinidade que me assombrava quando criança, “não seja igual o teu pai”, e se articula outra relação com a masculinidade.
Até os filhos do urubu nascem brancos
Linguagem: Aparição
Ano: 2019
Duração: 30 min
Link: https://www.youtube.com/watch?v=nzO_MSd-k54&feature=youtu.be
O homem expõe a sua certidão de nascimento, onde foi registrado como branco e vestido com uma sunga passa argila branca no corpo todo. Após o produto secar, usando uma bucha vegetal faz a lavagem a seco do branco na pele enquanto ao fundo em looping se escuta a frase que ouvia de pessoas próximas quando dizia ser branco. “Até os filhos do urubu nascem brancos”.
© Pablo Bernardo - 8ª temp, Festival Segunda Preta.
A destruição do (meu) falo
Linguagem: Aparição
Ano: 2019
Duração: 90 min
Baseando na construção ocidental do negro como objeto genital, estabelecendo analogia com a figura da calabresa, símbolo associado à imagem do pênis em frases populares pejorativas e de cunho sexual em regiões de interior no norte do Brasil, a ação propõe a antropofagia coletiva deste símbolo por meio da destruição e mastigação.
O trabalho acontece em dois momentos. No primeiro, utilizando uma cueca de plástico transparente com doze calabresas dentro, o homem caminha pelas ruas da cidade até o segundo, onde deixou preparado o cenário para a destruição. Após cortar e fritar, convida as pessoas que estão assistindo para destroça-los mais ainda, cada um de sua forma, o falo.
© Paula Barbosa - Festival Lacração – Arte e Cultura LGBT+
Novo nascimento ao já nascido: Sou marinheiro da mamãe sereia
Linguagem: Aparição
Ano: 2018
Duração: 45 min
Link: https://youtu.be/3YvrFlXJsSQ
A ação se dá como uma peregrinação solitária de saudação às águas (elemento associado as figuras femininas na encantaria amazônica). Enrolado numa rede de pesca, o homem carrega 12 sacos plásticos contendo água do rio, caminha fazendo um deslocamento pelas ruas da cidade e em determinados pontos estoura os sacos sobre a cabeça.
© Zanone Fraissat - 4ª ed, Festival Corpus Urbis.
Maremoto
Linguagem: Aparição
Ano: 2016
Duração: 45 min
A ação propõe a destruição fisicamente do machismo. O homem joga água no corpo, fica em posição ereta e convida uma mulher para escala-lo, dispondo o seu corpo enquanto toca ao fundo o som de ondas.
© Ivanessa Gemaque - 3ª ed, Madrugada de Performance: Noite de climão. Mulher convidada: Betina Batista.